Incêndio no Porto destruiu um negócio com 60 anos. No prédio está para nascer um hostel

As chamas danificaram na totalidade, um edifício na rua da Alfândega, que estaria a ser remodelado para se construir um hostel. Apesar de não estar habitado, o prédio alojava uma mercearia com 60 anos de existência.





Um incêndio destruiu um prédio de quatro andares na rua da Alfândega, no Centro Histórico do Porto. No rés-do-chão ainda estava em funcionamento uma mercearia, mais procurada por turistas, que acabou por ser completamente destruída pelas chamas. Segundo Carlos Marques, comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, os restantes pisos “estavam a ser recuperados e já se encontravam num avançado estado de remodelação”. O objetivo seria criar “um hostel”.

De acordo com o comandante, o alerta foi dado à 1h21. Mas quando os bombeiros chegaram ao local, “já o prédio estava tomado pelo incêndio”. “Demorámos cerca de uma hora a combater as chamas”, explicou. Apesar de tudo, “não houve qualquer registo de vítimas”.


Alexandre Gomes, de 73 anos, chegou à 1h30 ao local onde viu a mercearia onde trabalhara durante 60 anos a arder. Para o merceeiro, mais do que “um sustento” ou “um passatempo”, esta loja era o negócio de uma vida. Em declarações ao PÚBLICO, revelou que “não se pode aproveitar nada”. Visivelmente consternado, pois “foram muitos os anos de atividade”, Alexandre Gomes gostaria que o edifício “fosse restaurado para poder continuar com o negócio”.


“Cheguei a ver o fogo porque me telefonaram para casa e estava aqui à 1h30. Já estava tudo em chamas, principalmente o segundo andar. Não sei o que terá acontecido”, explicou Alexandre Gomes, de semblante carregado. Também Helena Bayuk, de 26 anos, funcionária do vizinho Backson’s Fine Burgers and Mussels ficou impressionada com o que viu quando fechava o restaurante também à 1h30: “O fogo devia ter cinco metros de altura, era muito difícil respirar”.

Às 16h10 da tarde desta quarta-feira, os bombeiros permaneciam no local à espera para fechar as águas nos passadores, após o incêndio, que foi combatido por 40 homens e 12 viaturas, ter sido dado como extinto pelas 8h. Também durante a tarde, a Polícia Judiciária (PJ) esteve a investigar o ocorrido, sabendo-se agora que as chamas começaram devido a “um problema elétrico”.


Não foi possível contactar o proprietário do edifício.A combater as chamas estiveram o Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, os Bombeiros Voluntários do Porto, os Bombeiros Voluntários Portuenses, a PSP, a Polícia Municipal e a Proteção Civil Municipal.

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