Biblioteca de Galveias não é segura e a CM Lisboa diz que está à espera de um parecer da Proteção Civil.



A lista de queixas é extensa, mas há uma especialmente preocupante: “Em caso de incêndio, os alarmes estão avariados, não há ligação direta aos bombeiros e o pessoal não tem qualquer formação sobre a utilização de extintores”. Quem o diz é o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), através de um panfleto distribuído pela cidade nos últimos meses, relativo à situação da principal biblioteca municipal da cidade, a Biblioteca Palácio Galveias, utilizada todos os dias por uma média de 600 pessoas, sobretudo estudantes.

Ao Observador, o sindicalista Luís Dias disse tratar-se de “uma situação de grande gravidade” e explicou que foram os trabalhadores da biblioteca a alertar o sindicato. “Há vários problemas nesta biblioteca que se arrastam desde 2017, com relatórios internos, mas sem respostas ou soluções”, afirmou. O STML é afeto à CGTP e representa funcionários da Câmara, das juntas de freguesia e das empresas municipais.























Mas há mais. Numa biblioteca com cerca de dois mil metros quadrados, existem dois vigilantes (era apenas um até há poucas semanas) e as câmaras de videovigilância, segundo Luís Dias, não estão operacionais – por um motivo caricato. “As câmaras existem e funcionam, mas não se consegue aceder às imagens, porque os códigos que permitem esse acesso estão perdidos. Quem instalou o sistema de videovigilância não foi a Câmara, terá sido uma empresa externa, e penso que essa empresa disponibilizou os códigos, mas agora não se sabe onde estão”, garantiu o sindicalista.


“Não é só a Biblioteca Palácio Galveias que está a funcionar à margem da lei, há um conjunto de locais de trabalho no município que não respeitam regras de segurança a nível de planos de emergência, planos de evacuação e de ligação aos bombeiros”, acrescentou Luís Graça.

Contactada esta semana pelo Observador, a Câmara Municipal apontou o dedo à Autoridade Nacional de Proteção Civil. “As medidas de autoproteção da Biblioteca Palácio Galveias foram elaboradas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e posteriormente submetidas à apreciação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil de Lisboa, aguardando-se a sua aprovação”, explicou fonte oficial do executivo. Para Luís Dias, esta resposta “revela uma total irresponsabilidade por parte da Câmara”, porque “as medidas deviam estar aprovadas e implementadas desde a reabertura da biblioteca”, em 2017.

FONTE [OBSERVADOR]

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